Livro Ecoprotec

Capítulo 5

O Conceito de Continuidade e suas Aplicações na Engenharia de Corrosão

Nos capítulos anteriores, sublinhamos a importância do Princípio da Menor Ação e o Princípio de Le Châtelier.

De acordo com tais princípios, as trajetórias seguidas pela corrosão, desde o momento inicial em que uma superfície é posta em contato com um meio agressivo até a sua completa degradação, podem ser traçadas por medidas eletroquímicas.

Por vezes, a identificação dos produtos de corrosão e outros parâmetros auxiliam o Engenheiro de Manutenção a controlar essas trajetórias (ex.: variação de temperatura, de pressão, vazamentos, etc.).

A importância desses dois princípios foi enfatizada pela necessidade de se definir os estados inicial e final do processo corrosivo.

Em outras palavras, considera-se como estado inicial, o estado da superfície na presença do eletrólito “como recebido”, isto é, o conjunto de normas, procedimentos e demais itens, como fornecido pelo fabricante.

Considera-se como estado final, toda sequência de eventos que não estejam em conformidade com o estado inicial.

Havíamos denominado “Matriz LN” o conjunto dos dados “como recebido” e de “Matriz LMAN” as alterações sofridas por |LN| ao longo dos processos corrosivos.

As diferenças entre |LMAN – LN| permitem os traçados das trajetórias de corrosão e, nestas condições, os dois princípios anteriormente apresentados propiciam ao Engenheiro de Manutenção a identificar tais trajetórias de maneira segura e consciente do que se está a medir.

No presente capítulo apresentaremos um outro princípio, o da Continuidade.

Como veremos, ele é de importância capital quando, não uma, mas várias interfaces estão interligadas e as trajetórias de corrosão se modificam nas junções entre elas.

É o caso bem conhecido da “corrosão galvânica”, da “corrosão em juntas soldadas”, da “corrosão seletiva de ligas complexas” e dos princípios básicos da “Proteção Catódica”.

Como nosso propósito é o de “guiar” o Engenheiro de Manutenção na descoberta das trajetórias de corrosão, e consequentemente “dominar” as corrosões, não apresentaremos equações, fórmulas, normas e procedimentos padrões que visam ao aprofundamento de tais fenômenos.

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